VIRGULINO

 

 

Nasceu em Terra Talhada

O menino Lampião

Como toda criancinha

Tinha puro coração

Não sabia que sua vida

Seria de tribulação.

 

Seu pai José F. Silva

Viu o menino nascer

Uma criança nornal

Com alegria de viver

Gostava de ouvir cordéis

Pra alegrar o seu viver.

 

A mãe Maria Lopes

Com certeza ela queria

Que aquele belo menino

Só lhe desse alegria

Não sabia que o destino

Dele seria agonia.

 

Virgulino F. da Silva

Em sete do sete nasceu

Não vivia na riqueza

Também não era plebeu

Gostava do Padre Cícero

Que no seu tempo viveu.

 

Morava lá no nordeste

Como um garoto normal

Até que eles brigaram

Com um vizinho de quintal

Aí começou o inferno

Que viveu até o final.

 

Sua família brigou

Com o José Saturnino

Foi esta grande briga

Que mudou o seu destino

De um menino normal

Num terrível assassino

 

Um coronel seu vizinho

Deu razão a Saturnino

Foi aí que começou

A virar o seu destino

Vendo seus pais assassinados

Ele virou um assassino

 

Foi naquele momento

Que o menino enlouqueceu

Os seus miolos giraram

O coração endureceu

O mal chegou nesta hora

E em seu corpo viveu

 

Saiu pra fazer justiça

Com a sua própria mão

Esquecendo nesta hora

De praticar o perdão

Deixar a justiça divina

Julgar com exatidão

 

O menino que era bom

Em ódio se transformou

Mas este coração de pedra

Um dia também amou

Amou Maria Bonita

E com ela se casou

 

Andou por muitos lugares

Aterorizando povoado

Gente de todo os tipos

Por ele foi maltratado

Não tinha mais coração

O ódio tinha tomado

 

Foi em uma emboscada

Que ele foi capturado

Virgulino Lampião

Pro povo foi levado

Como se fosse um troféu

Morto e degolado

 

Foi no vilarejo Angico

A morte de lampião

Deixando pros brasileiros

Uma terrível lição

Deixa Deus ser o juiz

Nunca faça com a mão

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